O empoderamento do paciente hoje é um ponto fundamental
Entrar na vida do paciente no momento certo é fundamental para o engajamento.
MAS….
QUAL PERGUNTA VOCÊ QUER TER RESPONDIDA??
Nós temos que estabelecer uma conexão com empatia, confiança e linguagem clara com o nosso paciente, para conseguir engajamento no tratamento e seguimento.
Em doenças crônicas não transmissíveis, e aqui coloco um “Plus” para as doenças cardiovasculares (sou suspeita para falar…), é fundamental nosso papel na jornada do paciente, pois em muitos casos seguiremos juntos na caminhada por longos períodos.
Esse melhor engajamento, quando pensamos em termos de saúde populacional e grandes instituições, ainda traz outros benefícios, pensando no TRIPLE AIM:
-melhor alocação de recursos
-melhor experiência para o paciente (incluindo qualidade e satisfação)
-melhor saúde da população
Abaixo, um framework sugerido em artigo de FUNNELL:
Pensando nessa sequencia de ações, identificamos passos fundamentais nesse processo, incluindo a manutenção do engajamento desse paciente e como medir (já que nossas tomadas de decisões são baseadas em dados, certo?):
Nossos pacientes, hoje, são multicanais e digitais. Temos que desenvolver nossas habilidades (“soft” e “hard skills”) para sermos mais criativos, inovadores e colaborativos. Criar uma cultura de saúde em nossos ambientes de trabalho, com múltiplas ações.
Além disso, trazer educação em saúde para nossos pacientes em múltiplos canais em linguagem clara e efetiva: blogs, mídias sociais, vídeos curtos e podcasts, além de no próprio momento da consulta.
Quando inspiramos nossos pacientes na linha de cuidado, NÓS também conseguimos dar um bom exemplo 🙂
Ferramentas para melhor compreensão da doença e de suas complicações, além dos benefícios do tratamento adequado e da mudança de estilo de vida. Os congressos mais recentes (ACC 22 e EHRA 22) trouxeram diversos insigths sobre como engajar o paciente para modificar seu estilo de vida (falarei em post próximo).
EMPODERAMENTO é a palavra do momento!
Identificar em qual momento de tomada de ação nosso paciente está também é muito importante (vamos relembrar as estágios motivacionais de Prochaska? pré-contemplação, contemplação, preparação, ação, manutenção e recaída).
Manutenção!!! Nossa caminhada segue ao lado do nosso paciente, em um longa estrada.
Como medir adequadamente ações e desfechos? Como isso impacta em nossos ciclos de melhorias, novos planos de ação e inclusive para manter o engajamento de nossos pacientes? Bom ponto de reflexão…
Espero que tenham gostado desse artigo e dos insights!
Ref.: Funnell, M. and Anderson, R “Empowerment and Self-Management of Diabetes.” Clinical Diabetes; July 2004 vol. 22 no. 3 123-127